terça-feira, 23 de junho de 2009

Estudando o Personagem

A você foi dado o papel de Rute, por exemplo. Qual é o primeiro passo? Você se assenta em uma cadeira confortável com o script e a Bíblia. Para descobrir como o autor interpretou o personagem, você lê o script várias vezes. Apesar do personagem ser familiar através da Bíblia, você se familiariza com o script primeiro - não porque o script seja mais importante do que as Escrituras, mas porque o seu primeiro trabalho é desempenhar o personagem de Rute como foi criado pelo autor, o seu trabalho não é desempenhar o personagem histórico como está descrito na Bíblia. Uma vez que você tenha lido o script várias vezes, e acredita que você tenha no mínimo começado a entender o papel, você então se vira para o livro de Rute nas Escrituras. O seu propósito é essencialmente: descobrir ou relembrar o ambiente estabelecido para o personagem, e para verificar por si próprio de que o personagem como escrito não é igual ao relatado na Bíblia.

Das Escrituras você aprende que:
1) Rute é uma moabita;
2) Ela se casou em uma família judia, originariamente de Belém de Judá;
3) Ela foi casada não mais do que dez anos e após este tempo, seu marido, Malom morreu;
4) Rute decidiu deixar sua terra natal e ir para Judá com sua sogra, Noemi.

Apesar de certamente haver muito mais para se colher da história bíblica de Rute, para o propósito desta discussão, vamos parar por aqui, com somente estes quatro pontos, e considerar como você começará a construir este personagem e torná-lo seu próprio.

Você começa a fazer a si próprio a pergunta fundamental:
“Se eu fôsse.....”
Fornece o nome do seu personagem:
“Se eu fôsse Rute...”

Desde o princípio, o seu propósito é personalizar o personagem. Você vê a si mesmo vivendo a vida de Rute. Agora, vamos reconsiderar os quatro fatos sobre a vida de Rute colhidos da Escritura – fatos reorganizados para refletir sua aquisição do personagem.

1) Eu sou uma moabita;
2) Eu me casei em uma família judia, originariamente de Belém em Judá;
3) Eu fui casada por dez anos, e após este tempo meu marido, Malom, morreu;
4) Eu tomei a decisão de deixar minha terra natal e ir para Judá com minha sogra, Noemi.

Você quer assegurar-se de que estará vestindo as “roupas de baixo” do personagem, você terá que iniciar do começo com transferências de sua própria vida para as origens do seu personagem, para dar credibilidade à realidade da sua nova existência.

APRENDENDO TUDO O QUE VOCÊ PODE
O próximo passo – que é, quando o seu personagem é uma figura histórica tal como Rute – é aprender tudo o que você pode sobre a pessoal real. Utilizando somente os quatro itens acima (para este exemplo), você começa o seu ensaio.
  • Vá até à biblioteca e aprenda tudo que puder sobre a Moabe antiga. Como era o lugar? O clima? Qual era o tipo de cultura? Como eram as pessoas? Eles eram bons vizinhos de Judá ou estavam em guerra a maior parte do tempo? Qual era o status das mulheres na cultura moabita? Que tipo de restrições elas tinham? Como elas se vestiam? Elas se pintavam, enfeitavam o cabelo?
  • Baseado no que você aprendeu sobre a cultura moabita era, comum uma mulher moabita casar na cultura judia? Este ato a teria condenado ao ostracismo pelo resto da comunidade? Teriam os judeus a desprezado – ou aceitado prontamente como todas as outras?
  • O que teria acontecido com uma viúva na cultura moabita? Ela teria se casado facilmente novamente - ou ela ficaria estigmatizada pelo resto de sua vida?
  • Que tipo de choque cultural teria uma moabita experimentado ao se mudar para Judá? Como ela teria sido recebida?

TRANSFERÊNCIA

Agora é hora de você começar o processo de injetar sua experiência de vida para dentro do personagem de Rute.

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